A Idade Média foi um período em que as pessoas viviam com medo de Deus e da Igreja Católica Apostólica Romana, principalmente por causa da Santa Inquisição. Por isso, ao final, o descontentamento da população européia foi grande.
Alguns fatos marcaram grandes pertubações sociais no Período Medieval, dentre eles um de grande consequencia foi a Peste Bubônica ou Peste Negra.
A Peste Negra matou cerca de 75 milhões de Europeus em apenas 3 anos (1347-1350). Somente a título de comparação, Belo Horizonte, atualmente tem cerca de 3 milhões de pessoas;
A peste foi um grande desafio para a Igreja Católica: porque Deus mandaria uma peste tão avassaladora? Porque os Padres também morriam? Porque as pessoas boas e honestas morriam? Afinal, ficar somente rezando é o suficiente para se salvar?
Dessa forma, a população começou a questionar os dogmas religiosos como sendo a unica solução-explicação.
A "descoberta" de um novo continente, no qual havia índios com hábitos completamente diferentes do Europeu, tal como o canibalismo, fomentou uma nova discussão: será que essas pessoas também eram Seres Humanos, filhos de Deus? Afinal, tinham alma?
Em 1550, na cidade de Valladolid, Espanha, dois grande filósofos-cristãos debateram-se justamente sobre essa questão, sob o patrocinio do Rei Espanhol Carlos V.
- O Padre Bartolomé Las Casas defendia que os índios tinham alma e deveriam ser tratados como seres humanos
- O Padre Juan Ginés de Sepúlveda, ao contrário, defendia o direito dos povos “civilizados” a submeter os “bárbaros” pelas armas.
Não houve um vencedor em concreto, e ambos sentiram-se como tal. Na prática, considerou-se que os índios que aceitavam Deus, ou seja, se convertiam e adotavam os hábitos, costumes e religião europeia passavam a serem considerados Humanos, os que resistiam foram mortos.
Assim, financiado pela emergente classe burguesa (principalmente comerciantes judeus que cada vez mais se enriqueciam) nos centros comerciais mais prósperos como em Veneza, Florênça, Gênova, uma nova arte e filosofia tentava (re)nascer, colocando novamente o HOMEM como centro do UNIVERSO.
Dessa forma, houve um Renascimento dos pensamentos Grego Clássico: o Teocentrismo (Deus como centro de todas as coisas) começa a ceder lugar para o antropocentrismo/Humanismo/Racionalismo (Homem no lugar de todas as coisas).Observa-se, também, no Renascimento, a transição entre o Regime Feudal e o Regime Capitalista.
A Itália foi um dos palcos mais intensos do Movimento Renascentista, com grandes artistas focando o seu "objeto" não mais em temas exclusivamente religiosos, mas colocando o Homem como foco central:
A título de curiosidade, repare que o afresco Gênesis, de Michelangelo, na Capela Sistina a imagem de Deus e do Homem tem praticamente a mesma proporção na tela, o que seria impensável pelos modelos Medievais:
fonte: www.brunoalbergaria.com.br