Cícero ficou olhando sem entender nada. Joaquim, muito assustado, tentou argumentar que não tinha feito nada de errado, mas o professor foi enfático que ele deveria sair de sala. Assim, Joaquim recolheu suas coisas e saiu da sala.
Todos estavam assustados e indignados, porém ninguém falou nada.
- Agora sim! - vamos começar .
- Para que servem as leis? Perguntou o professor - Seguiam assustados ainda os alunos, porém pouco a pouco começaram a responder à sua pergunta:
- Para que haja uma ordem em nossa sociedade.
- Não! - respondia o professor.
- Para cumpri-las.
- Não!
- Para que as pessoas erradas paguem por seus atos.
- Não!
- Será que ninguém sabe responder a esta pergunta?!
- Para que haja justiça - tentou argumentar Cícero.
- Até que enfim! É isso, para que haja justiça.
E agora, para que serve a justiça?
Novamente os alunos tentavam responder:
- Para salvaguardar os direitos humanos...
- Ok, não está mal porém respondam a esta pergunta:
"Agi corretamente ao expulsar Joaquim da sala de aula?"
Todos ficaram calados, ninguém respondia.
- Quero uma resposta decidida e unânime!
- Não! - responderam todos a uma só voz.
- Poderia dizer-se que cometi uma injustiça?
- Sim!
- E por que ninguém fez nada a respeito? Para que queremos leis e regras se não dispomos da vontade necessária para praticá-las? Cada um de vocês tem a obrigação de reclamar quando presenciar uma injustiça. Todos. Não voltem a ficar calados, nunca mais! Vão buscar o Joaquim - Disse. Afinal, ele é o professor, eu sou aluno de outro período.
Aprendamos: Quando não defendemos nossos direitos, perdemos a dignidade e a dignidade não se negocia.