Filosofia do Direito / 1ª Aula: Direito e Justiça
Vejamos um caso em que podemos analisar a diferença entre direito e justiça:
Um cidadão, em uma noite fria e chuvosa, após um dia longo de trabalho árduo, seguia confortavelmente em seu automóvel importando, novo, quando no meio do caminho sentiu um delicioso cheiro de pão que acabara de sair da fornada de uma padaria tradicional e famosa justamente pelos seus pãezinhos.
Não resistindo, parou o carro e comprou vários pães para poder comer em casa.
Quando seguia novamente no caminho de casa, parou em um sinal vermelho. De repente, no meio da chuva, apareceu um menino de aproximadamente 10 anos de idade, completamente molhado, tremendo de frio, vestindo apenas uma camiseta, um calção e chinelos.
Parecei que o menino chorava de frio e fome.
O cidadão do carro, ao ver o menino se aproximar, abriu um pouco o vidro do carro, para que a agua da chuva não o molhasse e nem para ficar muito exposto ao menino. Quando este veio, pedir comida, ou «uns trocados», o menino, pelo espaço aberto da janela, sentiu o cheio irresistível de pão quente.
Assim, quase em tom de súplica e implorando, o menino pediu dois pães. Seu estômago doía de fome, afinal, não tinha comido praticamente nada naquele dia. Queria comer alguma coisa para poder ir para casa.
O menino então disse:
- Por favor meu senhor, me dê dois pães.
O cidadão perguntou:
- Porque dois? Um não basta?
E o menino respondeu:
- O primeiro pão é para meu irmãozinho menor, que está alia sentando chorando. Ele nem consegue mais vir pedir. O outro pão é para mim, que ainda não comi praticamente nada hoje. Por causa da chuva, ninguém abriu a janela do carro para dar alguma coisa para mim.
Foi então que o homem estacionou o seu carro, pegou dois pães, foi até a calçada onde estava a outra criança, um menino de aproximadamente 7 anos, totalmente molhado pela chuva, tremendo pelo frio e se contorcendo de dor no estômago devido a fome.
O homem pegou os dois pães, levantou-os a altura que os meninos pudessem ver e esmagou-os, transformando todos os dois em farinha que se misturaram à exorada e foram tragadas pelo boieiro.
Nisso, um guarda vê a cena. Quer prender o homem, mas sob o argumento de que o homem não comentou nenhum crime, afinal, era o proprietário dos pães, teve que solta-lo
Neste caso, fica evidente a diferença entre justiça e o direito.
fonte: www.albergaria.com.br
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